sexta-feira, 18 de novembro de 2011

SESSENTA E NOVE



Meigamente você tomou meus lábios...
Invadiu minha boca...
Sugou meus seios...
Lentamente percorreu o caminho até meu umbigo...
Ali se deteve...
Lambendo...
Introduzindo sua língua quente...
Dancei e me ofereci...
Você me desenhava o ventre com a língua...
As mãos brincando em meus mamilos...
Me fez instinto Faminto...
Mordiscou meus pelinhos...
Puxou-os suavemente com os dentes...
Suas mãos agora apertavam meu bumbum...
levantavam-me para facilitar seus beijos profundos em meu corpo...
Gemendo eu dizia delírios...
Dizia pare... Dizia não Pare...Faça...Ai, não faça, meu amor...
Minha cabeça girava...
Em mim surgia a vontade de pesquisar sua gruta que me tocava As pernas, ensandecida de desejo de ser lambida...
Chupada...
Saboreada com amor...
Quis gritar minha vontade...
Girou seu corpo amado...
Fêmea...
Apenas fêmea... Só instinto... Me tornou...
Deus!
Que gosto...
Poder saber seu gosto...
Escorrer seu sabor...
Na justa medida da minha fome de comer amor...
Sua língua me invadia...
Minha boca a engolia...
Sugávamos os sucos do amor...
Sede saciada...
Desejo crescente...
Loucura presente...
Fizemos chuva de amor...
Sessenta e nove é linha curva
Que em círculo aprisiona e liberta nosso amor...
Luisa Barros

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