quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Me aquece amor.




Amor?!
Sinto muito frio! Hoje queria poder na realidade adormecer nos seus braços e fazer do seu calor o guardião de todos os meus sonhos.
Queria poder abandonar os meus sentidos a cada centímetro da sua pele e dormir na segurança do seu toque…      
Quero um dia que o seu rosto seja à visão última do meu dia para que o brilho dos seus olhos me crie sombras na escuridão do sono e para que a doçura do seu sorriso me vele toda a noite.
Quero poder descansar a cabeça no seu peito e converter cada batida do seu coração num ritmo que me embale todos os cansaços… 
Quero, enfim, te trazer prisioneira do meu afeto e do nosso querer… Esquecendo-nos por umas horas que as calhas do mundo giram lá Fora…
Roubemos-lhe, pois, um só momento… Aquele em que não seremos mais que uma da outra…
Envolva-me, abrace-me, inebrie-me…
Proteja-me do silêncio da noite e do pêndulo do mundo…
Deixa-me adormecer nos seus braços… Agora… Só hoje… Só por um Segundo… Esquecemo-nos do tempo e fiquemos abraçadas a noite Inteira…
Hoje sonharemos juntas…
Durma bem, meu amor. Te adoro.
Maria Luisa

domingo, 18 de dezembro de 2011



Amanheci do seu lado.
Levantei de mansinho pra não te despertar.
Amanheci no seu corpo sem receios de me perder.
No seu corpo li mil poemas escritos e ainda por escrever e entrelacei a minha alma nas letras que os poros da sua pele soltam às centenas. No seu corpo despi as palavras e os significados que lhes sei dar, Rompi as pegadas do ainda nunca feito e balancei no ainda por sonhar.
No seu corpo rasgo o meu silêncio e em gemidos solto o que está adormecido em mim.
No seu corpo invento o meu olhar e quebro em vertigem as mágoas da distância,  fito,  miro você, empurro os meus olhos sobre a sua macia pele.
Na sua pele eu encontro a minha casa escondida sobre o manto de pureza, no meu jardim deitado o seu corpo nu pronto para o descobrimento.
A descoberto eu deixo tudo o que se esconde na magia quase impossível que a sua pele emana, a sua pele é a paisagem e o horizonte.
Os sulcos do seu corpo escondem mil aromas e montanhas de beijos Que ainda não te dei, escondem os silêncios que rasgo na sua pele… No seu corpo encontro a minha morada, um rumo, um norte, um fim desta estrada.
Só no seu corpo, em mais lado algum, eu descobrir-me-ei por inteiro em gritos de prazer que a alma solta sem demora.
Só no seu corpo escrevo uma epopéia... Não me importo de me deixar permanecer assim, só na sua pele, uma vida inteira…
Beijo na sua boca.
Maria Luisa