quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Amor...



O amor... Ai, o amor, paira no ar! Por isto acredito que, os pirados, os afoitos, os loucos, os sem juízo, os que dançam, amam, ousam... São mais alegres, mais livres.
Ah, triste de quem não pensa assim... É que a gente vive no mundo tão cheio de prisões e amarras, que às vezes, ser um pouco disso, nos renova e nos faz sentir, sobretudo, vivos.
O que vale é ser gente de verdade. Vocês não concordam?
Ter instinto de sobrevivência, sede de emoção, desejo por adrenalina, se embalar em alguma teimosia, se entregar ao sabor dos delírios...
Se permitir nem que seja de vez enquando, é o que vale. Por isto, experimentem.
Não se reprimam... Atrevam-se, vivam!
Maria Luisa

Por que banalizar?



Banalizaram o “Eu te amo!”, “Eu te adoro”. Sim, dizer eu te amo, eu te adoro, virou frase feita na boca das pessoas. Dizem eu te amo, eu te adoro a torto e a direito sem se importarem com o real significado dessas palavrinhas que de tão importantes que são possuem o poder de modificar pensamentos, atitudes, vidas. Dizer eu te amo, eu te adoro é até certo ponto fácil. Complexo mesmo é viver o amor, esse sentimento sem lógica que nos dá a consciência do que verdadeiramente somos e existimos.
A garota diz que te adora, age como quem realmente adora, e você, calejada pelo passado, fica reticente, desconfiada e não leva muito a sério. Tem amiga que até diz que você é uma boba e que está deixando escapar uma mulher maravilhosa, e mais, ainda dizem que se você não a quiser pode passar a “gata” que qualquer uma ficará muito feliz com a dita cuja.
Você pensa, repensa, pesa os prós e os contras, resolve esquecer as mágoas que o “eu te amo” já lhe causou e resolve se entregar de novo. Abaixa a guarda e resolve deixar o coração bater descompassado. A vontade de estar com ela se faz freqüente, e até a velha cara de apaixonada você não faz mais questão de esconder, suspirando sempre que se lembra da linda. Aliás, tudo isso é muito lindo, até que a princesa, sem te avisar, resolve dizer eu te amo para outra.
Então você fica se perguntando onde é que foi parar a paixão e o amor que lhe era devotado ao se lembrar das inúmeras vezes em que ouviu eu te adoro e preciso de você na minha vida.
É, parece que a princesa que faltava adivinhar seus desejos mais ocultos teve um lapso sentimental e esqueceu tudo o que dizia a você.
Antoine de Saint-Exupéry, na obra O Pequeno Príncipe, diz que nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos, portanto, não saia distribuindo eu te amo como quem distribui sorrisos, porque ao contrário de um sorriso, que é sempre bem vindo e afaga a alma, o eu te amo da boca pra fora pode machucar a alma.
Quando éramos crianças brincávamos de casinha, pique-pega, até de médico a gente brinca. Isso tudo é saudável e nos ensina a viver em sociedade. E a gente pode e deve brincar de muitas coisas na vida, inclusive de ser feliz, o que é um exercício fantástico, o que a gente não pode, de jeito nenhum, em momento algum, é brincar com os sentimentos e a vida das pessoas. E deferir qualquer sentimento, sem realmente sentir, é mesmo uma brincadeira de péssimo gosto.
Maria Luisa