quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

PALAVRAS QUE BEIJAM


Meu amor, se eu pudesse beijar por escrito, faria para ti uma canção de amor. Tocaria os teus cabelos como há algum tempo não faço,  abraçaria-te de um jeito apertado e carinhoso, para poder sentir toda a delicadeza do teu corpo, enlaçaria-te e de repente cantaria uma canção de minar ou excitar, apenas cantaria. Sentiria novamente o calor e o odor que somente nós duas juntas conseguimos produzir. Teríamos a certeza de que não tem Boticário, nem Paco Rabane e nem Avon que se aproxime do meu cheiro misturado ao teu. Se eu pudesse beijar por escrito, faria um carinho bem gostoso na tua nuca, do tipo sutilmente mal intencionado,  jogaria-me contigo no lençol, no tapete ou no sofá, não importa. Beijaria muito e quase sem parar, apenas pequenos intervalos para o processo de tomar fôlego e seguiríamos o ballet das línguas em movimentos leves e obscenos, uma coisa só nossa,  trocaríamos confidências “sacanas” junto ao ouvido. Se eu pudesse beijar por escrito, tu poderias ler e sentir os meus lábios em teu rosto, em tua boca e em teu corpo todo, daquele jeito. Por um instante ao menos, eu poderia fugir do mundo e da vida que se vive para viver um pedaço de vida só contigo. Se eu pudesse beijar por escrito, não ficaria assim tão distante, sempre daria um jeito de saciar minha sede e meu desejo de ti, com certeza eu não estaria sofrendo essa crise de abstinência do teu beijo, que insiste em me assolar justamente quando acho que estou aguentando... Ah, se eu pudesse beijar por escrito…
Maria Luisa

domingo, 23 de dezembro de 2012

PROVOCAÇÃO

Vem, amor vem, beija-me com fúria como se o mundo fosse acabar amanhã. Cola a tua boca à minha e deixa as nossas línguas roçar uma na outra. Sente o calor do meu corpo de encontro ao teu, o bater acelerado dos nossos corações, o sangue a fluir mais rápido. Rasga-me a blusa, desce-me as calças, toma-me de assalto e deixa-me louca de prazer. Não! Não me dispo. Gosto que sejas tu a fazê-lo. Desabotoas-me os botões da blusa um a um enquanto a vais fazendo escorregar pelos meus ombros que beijas e mordes devagar. Encurtas o caminho até ao peito baixando o soutien de renda vermelha e preta e aí demoras os teus lábios, a tua língua, os teus dentes. As mãos? Essas já há muito que vagueiam ora pelas minhas nádegas, ora pelas minhas coxas, deixando-me à beira da loucura. Entrego-me ao prazer do teu toque ébria de desejo e deixamo-nos levar na eterna dança até ao despertar do gozo de uma e de outra.

Maria Luisa
ACONTECE O AMOR

Sento-me no chão frio do meu quarto. Está vazio. A luz apagada. A porta entreaberta. Olho para o outro lado da janela, observo a lua. Admiro a sua beleza. Ela toca-me. Seduz-me com aquele seu jeito inocente. Na rua, flutua no ar o barulho da noite escura. Portas que batem. Cães que ladram. Carros que passam. Abstraio-me da grande desordem. Fecho os olhos. Enrolo o cabelo com os dedos. Sinto o perfume. Aquele indiscutível. Largo um pequeno sorriso. Desprendem-se sentimentos. Afirmo. É Ela. Meu amor, Maria... Agora. Ali. Sentada no chão frio do meu quarto. Pego na mão dela com toda a ternura, acarinho-a delicadamente. Guardo-a como se fosse uma porcelana frágil. Protejo-a como se fosse a mão de uma pobre criança ingénua e desprotegida. Lá fora está um silêncio totalmente desconhecido. As portas já não batem. Os cães já não ladram. E os carros já não passam. Ficamos rendidas ao sigilo da respiração. Concentro-me nos fortes batimentos do seu coração. O meu corpo treme. Consigo abrir e fechar vagamente os olhos. Consinto o poder do desejo que me domina. Avanço novamente. Ela aproxima-se. E finalmente, lábios que se cruzam. Beijos que se dão. Carícias que se trocam...e o amor acontece!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


O TEU JEITO

Primeiro, naturalmente, porque tu tens esses olhos que não param de brilhar, e porque descobri que eles brilham incansavelmente e ficam ainda mais brilhantes quando olham pra mim.  Depois, porque tu tens essa boca tão macia que é só tua e deliciosamente minha também nos últimos dois meses. É uma boca que começa fininha em cima e que vai crescendo, numa combinação que me deixa maluca toda vez que a encostas em qualquer milímetro do meu corpo. Tem também o teu cabelo que insiste por vezes em cair no rosto. E nessa hora, eu aproveito para sentir o teu cabelo macio na minha mão, com a desculpa de que vou dar um jeito nele, o que nunca acontece. Sorte tua, que ficas linda desse jeito. Depois tem as tuas mãos, que tenho a impressão que estão sempre quentes. Quentes e suaves, e assim conseguem ter o que quiser de mim. Mãos delicadas, com dedos igualmente delicadas, que me levam para lugares que nem sei explicar. Tem também o jeito que tu me beijas, que pode ser diferente dependendo das tuas intenções. Tem aquele beijo que devora, que entra lá no fundo, que engole. Tem o beijo lento, que caminha por cada canto da minha boca, paciente, sem pressa. Tem até beijo no nariz, que é mais poderoso do que um “Te amo”. Tem o jeito como tu me olhas quando te espero às sextas-feiras. Uma olhada com saudade, que sempre me lembra como é bom te encontrar de novo. Tem também aquelas vezes que te pego olhando-me e que me divirto tentando imaginar as indecências que passam pela tua cabeça nessas horas. Tem também a forma como tu me enxergas, inédita e só tua. Uma forma engraçada porque muitas vezes mostra coisas que nem eu tinha visto. Uma forma que motiva, inspira, conforta e incomoda muitas vezes também, porque pega no íntimo. Tu enxergas-me mais e melhor do que os outros. Tem também o jeito que acendes o cigarro, falas e mexes as mãos sem parar, principalmente quando estás empolgada. E o jeito que falas do teu trabalho, dos teus sonhos, das mobilias da nossa casa. Tem o jeito que ris dos nossos “acidentes”. E o jeito lindo em que deitas na cama depois de mim e me abraças deliciosamente. E também tem o jeito que dormes comigo. Tem o jeito que me abraças de conchinha ao mesmo tempo que encaixas todo o resto do corpo no meu, como um quebra-cabeça. E nessa hora, aproveito o silêncio para sentir e escutar-te pegando no sono e respirando na minha nuca. Tem também as deliciosas e intermináveis horas que passamos de manhã na cama, que é o único jeito de me fazer gostar de ficar deitada quando acordo. Tem também o jeito como me falas indecências junto ao ouvido,  com aquela voz que me deixa maluca só de escutar. E como, mais tarde, aplicas tudo aquilo que dizes, de um jeito só teu. E tem o jeito de saberes como eu gosto de sentir. E, finalmente, mesmo podendo ficar aqui listando muitas outras coisas, tem o jeito como tu me surpreendes e me apaixonas todos os dias, dando-me a sensação de que a vida é mesmo boa, linda, e apaixonante, exatamente como tu meu amor.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


DESEJO O DIFERENTE!

O assunto pode até soar um tanto batido, mas quem nunca se arriscou a navegar pela Web em busca da tão sonhada alma gêmea? Na Net, qualquer pessoa e, não precisa ser hábil, pode criar um personagem maravilhoso e viver através daquele personagem, seja com uma finalidade boa ou má. No olhos nos olhos é assim? Claro que é, mas a pessoa precisa ter habilidade para enganar, na Net isso é extremamente fácil. Qualquer um faz. Então a chance de tu estares conhecendo uma pessoa totalmente diferente do que estão te passando, é ENORME. Conclui fatalmente que a idealização alimentada pela carência, é a pior armadilha que a Net nos coloca nos contatos com finalidades românticas. Citando Ésquilo “Falando a verdade, a maioria dos homens prefere, antes, parecer, a SER”. Infelizmente é muito comum encontrarmos pessoas falsas em nossas vidas. E é muito difícil alguma de nós não ter ainda se deparado com alguma pessoa falsa, durante a vida. O dicionário informa, que falso quer dizer: mentiroso, enganador, hipócrita, fingido, dissimulado. As pessoas falsas tem o costume de bajular, usam esse procedimento para tentar fixar que são confiáveis, mas fique atenta e não confunda com os elogios coerentes. É alguém que está sempre à disposição de todos, insiste em querer ser o “bonzinho”. A sua voz está sempre serena, gentil, mesmo que saiam palavras amargas da sua boca. A capacidade de chorar também é fácil. Choros que jamais me convenceram e muito menos me transformaram em uma bruxa. A mentira é o que eu mais desprezo entre todas as atitudes medíocres não fisicamente violentas que uma pessoa pode ter, ainda mais quando isso acontece em uma relação mais próxima. E, infelizmente, é algo que não me deixa em paz. Algumas pessoas são atormentadas por culpa, outras por sofrimentos, outras por espíritos, etc... Mas eu sou atormentada por mentiras. E quanto mais próxima a pessoa for de mim ao mentir, mais eu fico apreensiva.  Eu sei exatamente quando mentem para mim, mas prefiro descobrir a verdade sozinha, até porque quem mente uma vez sobre a mesma coisa mente duas, três... E não me alivio até descobrir. E a confiança se esvai. Num passado recente mentiram para mim. Ou melhor, mentiam e dissimulavam. Eu sabia, mas ninguém mais precisava saber. Continuavam mentindo, eu continuava procurando. Eu acabei descobrindo muita coisa que não precisava ter sido mentira, mas que por algum motivo foi. Sempre entendi que trair é muito mais que beijar, desejar ou até mesmo transar com outra pessoa. Trair é não ser leal ao que você se propôs. É exigir do parceiro algo que você mesmo é incapaz de oferecer. É mentir, é não se comprometer com a relação que você está vivendo. Traição não é só falta de caráter, é falta de amor, é falta de olhar nos olhos da pessoa amada e ver seu futuro, é falta de tocar a pessoa amada e seu coração bater mais forte, é falta de abraçar a pessoa amada e desejá-la para o resto da sua vida. Fidelidade não é sacrifício, é consequência de um sentimento chamado amor. Sim! Esta é minha opinião e ela vale o que vale! (riso). Eu afasto-me dessas pessoas, eu desligo-me completamente dessas pessoas. Então pergunto-me: Será que essas pessoas nunca se ligaram nisso? Será que elas acham que essas coisas não me afetam? Será que elas realmente acham que eu engulo tudo?  Será que elas nunca pensariam que eu não confiava mais? Quanta prepotência! Quanta imaturidade! Quanta deslealdade! Quanta falta de respeito! Quanta falta de nível! Ai quanta, quanta…nem sei mais! Eu só espero que onde quer que estejam, com quem estejam, essas pessoas mudem. Mas não por terem percebido realmente o mal que fizeram ou fazem, mas por eu ter a certeza que um dia poderão fazer o mesmo a elas. Pois é!!!! (Amor, desculpa a “entrada” da Zé..Kkkkk). Fica até parecendo crime a gente querer o diferente! Mas é realmente crime eu querer o certo, o correto, o honesto, o sincero, o construtivo, o amor verdadeiro? Existem coisas que são só nossas. Só minhas. A minha essência não me permite querer qualquer coisa nem uma coisa qualquer! Nunca quis uma amizade qualquer! Sim, tenho amizades verdadeiras. Nem todos se poderão orgulhar de ser ou ter! Alguém já parou para pensar sobre o que é a verdadeira amizade? Certamente, não! Isto não deve ter a mínima importância, o que importa é que exista alguém que se disponibilize no momento que seja necessário e conveniente! Nossos verdadeiros amigos têm uma real conexão connosco. São aqueles que realmente gostam de nós e de quem nós gostamos verdadeiramente. O verdadeiro amigo aceita-nos como somos, mas não deixa de nos dar conselhos para que mudemos, sempre para melhor. E nós aceitamos esses conselhos porque sabemos que vêm de quem se importa connosco. O verdadeiro amigo alegra-se com nossas alegrias, com nossos sucessos, e torce pela realização de nossos sonhos. O verdadeiro amigo preocupa-se quando estamos tristes e, frente a situações difíceis para nós, está sempre disposto a ajudar sem nada pedir em troca! Eu nunca quis uma qualquer paixão, um qualquer amor! Nunca quis um amor que deixasse de ser amor na plenitude da palavra e se transformasse na centralidade das discórdias. Nunca quis algo escasso, quando é tão intenso o que sinto e quanto o sinto, e tão intensa a forma como o pretendo demonstrar. Nunca quis algo passageiro, quando tudo na minha vida de alguma forma foi uma passagem. Sempre desejei o diferente… O amor verdadeiro! Agora que o encontrei não quero que esse alguém passe, quero que fique até ao momento em que a sua presença se torne insuportável… NUNCA. Com ela, não tenho uma parede de lamentos, tenho um porto de abrigo. Tenho uma mão amiga quando todas as outras podem parecer desaparecidas. Tenho um abraço quando todos os abraços do mundo parecem escassos. Tenho um beijo quando todos se esquecerem de o dar. Tenho a sinceridade quando a mentira se tornou uma verdade universal. Tenho a verdade acima de qualquer dor. Tenho a conjunção perfeita de todos os sentimentos dentro da palavra amor. Tenho um pouco mais de um ser, que se cruza com o meu viver. Tenho o explorar intenso e incessante de todas as nossas formas de viver. Não, não pretendo um amor completo. Pretendo construir cada pedaço do que apelidam de amor e no final conseguir perceber o quanto perfeito o tornei. Não pretendo ter tudo, pretendo construir um tudo. Não quero gritos, prefiro sussurros. Não quero brigas, prefiro retaliações. Não quero tudo aquilo que vejo diariamente, num mundo que não ama. Eu não quero muito! Eu só quero mais! Mais abraços, mais beijos, mais sorrisos, mais felicidade. EU SÓ TE QUERO A TI MARIA, AMOR DA MINHA VIDA.

Maria

terça-feira, 2 de outubro de 2012

INSATISFAÇÃO!

 

Eu não vou falar da inveja mesquinha e maldosa. Mas sim daquele sentimento que nos faz simplesmente querer o mesmo que os outros têm... E temos o hábito de olhar para as outras pessoas, desconhecidas ou próximas, e desejar as suas vidas. Elas é que são bonitas, elas é que têm um trabalho motivante e interessante, elas é que têm um casamento feliz, elas é que fazem férias nos locais verdadeiramente espetaculares, elas é que têm a nossa casa de sonho, etc. É engraçado como o ser humano não tem a capacidade de ser feliz com o que tem. Freud já dizia que o ser humano é escravo dos próprios desejos. A maioria das pessoas vive para suprir seus desejos ou vive insatisfeita com a vida porque não consegue saciá-los. Em muitos casos de depressão, a razão apontada está relacionada com o fato de que a vida não é como a pessoa gostaria que fosse e ela não vê possibilidade futura de construir a vida que deseja. Seus desejos não foram realizados ou ela perdeu o que tinha que supria suas necessidades e acredita que não há mais chances de saciar seus desejos no futuro. E vive depressivo a pensar que seria feliz com isto ou aquilo, sem aproveitar as coisas maravilhosas que tem na sua vida. O mais irônico é que quando se começa a perceber a verdadeira vidas dos outros, para além das camadas superficiais, começamos a perceber que não têm uma vida assim tão perfeita. Estão a beira dum divórcio, estão afogados em dívidas, odeiam o seu corpo, enfim...!
Eu aprendi a ser feliz com momentos tão simples. E são esses momentos que me dão mais alegria e prazer. Claro que continuo a ter expectativas: também quero viajar, um dia ter uma moradia, etc. Mas vivo tão bem com o fato de ser pobre, porque sei dar valor às riquezas que tenho junto de mim: a paz, o amor, a amizade, a saúde e a minha família...
Maria Luisa

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Escrevo.




Certa vez me perguntaram quando e porque comecei a escrever. Não soube responder ao certo, inventei uma desculpa e sai da pergunta sem uma resposta. Aquilo ficou na minha cabeça por dias e principalmente, noites. Quando foi que eu comecei? Por quê? Por quem? Através da escrita, eu lembro-me do que ficou, do que não foi e do que ainda pode ser. Aquelas e essas palavras tão minhas, agora voam livres sem destino. Essa é a sensação que fica. Não molha como a lágrima, nem incomoda como um grito, mas preenche sempre o vazio que motiva. Algumas coisas precisam ser escritas para serem entendidas. Escrever com o coração vai muito além de colocar ordem nas palavras. É preciso coragem. Coragem para fechar os olhos, e sentir o que acontece ou aconteceu por dentro. Enfrentar, organizar e entender. Pouca gente sabe, mas essa atitude é rara. É difícil. E como a gente vive mudando, é eterna. Gosto de brincar que quando tenho uma folha em branco, me transformo em uma Heroína. Meu super poder tem a ver com as palavras. Eu não salvo minha vida, nem tão pouco a de outro alguém, mas alívio minha alma. Escrever também tira a gente da solidão. Não da física, da interior. Perceber que independente do que nos aflige, jamais seremos as únicas a passar por isso faz tudo parecer mais fácil. É por isso que eu me encho de alegria quando em algum texto, consigo descrever algo indescritível. Porque no fundo no fundo, o que todo mundo quer é fazer o outro entender o que se passa por dentro. Alguns compram uma rosa, outros tomam atitude, e eu? Escrevo.
Maria Luisa Martins

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Um dia escrevi...



Em 20 de Setembro de 2011 escrevi:
Satânico é meu pensamento a teu respeito...  Sim, a teu respeito e, ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos. Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci. Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste em meu corpo provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite. Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do teu corpo. Só assim, livrar-me-ei de ti, MELGA maldita!!!! LOL
Maria Luisa Martins

No Passado!

 

Quando me escrevias, era tão belo o que me contavas que me despia para ler as tuas cartas.
Só nua eu te podia ler!
Maria Luisa

“A cama, uma ilha... Eu, uma vítima de naufrágio caída na lonjura do esquecimento de alguém...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Já Sou Sua!


 

Hoje eu nem quero saber, quero morder essa sua boca.
Acariciar esse corpo, tocar em seus sentidos, lhe fazer delirar.
Hoje eu quero seu pecado, amanhã me confessar.
Por que olhas desse jeito? Querendo mostrar desejo?
Quer me fazer refém, quer me maltratar.
No dia que te toco, te tenho, te tenho, te amasso na cama, na parede, depois nem vejo...
Já sou sua e você é minha.
Já nem preciso de mim quando tenho você.
Mas tendo você parece que me perco em mim...
Quero os prazeres do seu corpo, da tua vida…
Maria Luisa

Dançar!


 

As lésbicas em: AA, aa, Aa e aA. Entenda o código. Tenho inúmeros amigos heteros, que consequentemente me apresentam a seus amigos e que, ao saberem que sou lésbica, sempre, sempre que se sentem um pouco mais íntimos fazem a fatídica pergunta:
- Quem faz o papel do homem e quem faz o papel de mulher?
Em silêncio, rezo baixinho antes de responder:

- Minha Nossa Senhora das Lésbicas Assumidas, ajudai-me nessa hora de desespero. Amém.
- Ninguém - Respondo com calma. É uma troca.
Frustrados e visivelmente constrangidos, eles rapidamente mudam de assunto, para meu total alívio. Afinal, ninguém gosta de discorrer sobre sua vida sexual na mesa de um restaurante, principalmente com pessoas que mal conhece.
No entanto, esta é uma discussão comum, até mesmo entre lésbicas. De todas as explicações que já ouvi, certamente a melhor foi de uma amiga bióloga que dizia que as mulheres podem ser classificadas da seguinte maneira:
AA - (azão-azão) Aquela que é 100% ativa;
aa - (azinho-azinho) Aquela que é 100% passiva;
aA - (azinho-azão) Aquela que é primeiro passiva e depois ativa;
Aa - (azão-azinho) Aquela que é primeiro ativa e depois passiva.
Não entendeu nada?!?!
Ah garota, faltou na aula de genética, não é? Hehehehehe
Os genes são representados por letras. Para o gene recessivo usa-se a letra em minúsculo e para o gene dominante, a mesma letra, porém em maiúsculo. Lembrou?
Achei engraçado e inteligente usar como metáfora o recessivo para passiva e o dominante para activa. Mas, é tão fácil assim definir em palavras o que gosta ou deixa de gostar na cama?
Já tentei encontrar várias explicações físicas, metafísicas, psicológicas e sociológicas as quais tive acesso para chegar a uma resposta ampla e satisfatória para essa pergunta.
Em minha opinião, sexo entra duas mulheres é um “pas-des-deux” de suavidade, sincronia e delicadeza. Basta encontrar seu próprio ritmo e adaptá-lo ao ritmo da sua parceira. No começo se pisa um pouco no pé uma da outra, mas quando se encontra o compasso, é só se deixar levar pela música e dançar, dançar, dançar... Aiaiai!

Maria Luisa


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

GRANDE LAGO.

 

É inevitável que vez ou outra na vida sejamos feridos pelas pessoas, principalmente pelas pessoas que amamos. Alguém nos engana, alguém nos trai, alguém nos trata com falta de respeito, desconsidera nossos sentimentos… O nosso peito é como um grande lago, suave, ladeado por flores, pássaros e todos os tipos de vegetações. Quando alguém nos fere, é como se uma pedra fosse jogada no lago... Tudo fica ondulado por alguns instantes, a superfície perde a limpidez, a água fica momentaneamente turva e o vento sopra de uma forma tão gélida que chega a doer. Mas depois de um tempo, o que naturalmente acontecerá? A pedra atirada ficará quieta em algum lugar lá no fundo do lago, uma prova de que vivemos intensamente, uma experiência de vida que veio para nos trazer sabedoria. A superfície da água voltará a ficar lisa como um espelho, a areia levantada voltará ao fundo e voltaremos a sentir a plácida paz desse lago sagrado.
Maria Luisa Martins

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Amor Vira Lixo!!



 

De todas as peças escritas por William Shakespeare, Romeu e Julieta é indubitavelmente a que mais tem sido utilizada como tema para o desfecho trágico de um amor intenso que não sucumbiu na dor infligida pela sensação de perda. Hoje, você morreria de amor? Cansamo-nos. De lutar. De cair. De lamber as feridas. De abrir o armário e tirar o vestido mais bonito que compramos. Desistimos. Dormimos no sofá. Perdemos a vontade de sair. De comer. De apanhar bebedeiras. De viver. Mandamos mensagens às nossas melhores amigas a dizer que estamos a morrer. Julgamos que já batemos no fundo. E como ele é duro que nem uma pedra! A palavra amor, paixão e todo o seu campo lexical causam-nos vômitos. Arrumamos todos os presentes que nos deram no sótão. Queimamos as cartas e os postais. Apagamos as sms's. Riscamos as fotos. Perdemos anos, meses, dias de vida. Ganhamos experiência, mas nunca a contamos. No dia seguinte acordamos com dores na cabeça e no coração. Chamam-lhe desilusão. Só então percebemos que amamos mesmo. E que é tarde de mais para morrer logo ali. Só porque nos dói o coração e a cabeça. E porque sofremos de uma doença que não ataca as crianças. Queremos levantar-nos. Ir ao encontro dela. Talvez esta seja uma doença que se transmita. Mas não temos forças. A cabeça, que já dói, começa a doer ainda mais. E, como quando somos crianças, começamos a fazer mil e uma perguntas. Desta vez, a nós mesmos. Àquilo a que chamam consciência, voz do coração. Não temos respostas. Nem forças. Nem comprimidos que disfarcem as dores. Pedimos morfina. Voltar. Fechamos os olhos e, por momentos temos o flash da vida. Como se fossemos Pedimos uma tempestade que nos arraste daqui. E até isso nos negam. Estamos sozinhas. Com a desilusão. Nem a morte quer nada conosco. Não. A morte não aparece nestas alturas. Anda ocupada com doenças a sério. Hoje, morre-se por tudo e por nada, no entanto já ninguém morre de amor!
Maria Luisa

 
 

Dizer Adeus!!!!

 

Às vezes é difícil dizer adeus. Às vezes só se sente mais angustiada quem tem que dizer adeus, mas penso que em longo prazo geralmente seria uma boa idéia para deixar o que se tem sem grandes proporções, e que no caso seria isso o mais correto a se fazer. A gente tenta permitir espaço para coisas novas, para a transformação e principalmente pelo que te aguarda ali na frente, mas para quem tem o coração como maior órgão do corpo isso é quase que uma maldade. Talvez o adeus não seja mesmo para sempre, mas tu não podes saber até que tu realmente diga adeus. Em alguns casos, adeus é realmente o fim, e boa viagem! Mas há uma parte em mim que possui o conforto e a calmaria necessária que me faz não enlouquecer por ter que deixar muita coisa para trás, e essa parte sensata encoraja-me a dizer adeus a todas as coisas que eu preciso deixar ir: maus hábitos, pessoas mortas (aquelas que realmente vivem no nosso coração jamais mudarão de endereço), pessoas vivas, ex-namoradas, gente desinteressante, sentimentos auto-destrutivos, comportamentos, etc. Isso tudo pode ser muito injusto, dolorido, mas as minhas piores dores sempre serão as palavras que eu não posso dizer. Cada sentimento e palavra que guardo no peito ao invés de dizer, é como se um osso meu fosse quebrado automaticamente. Portanto, o sensato seria dizer por mais utópico, louco, romântico, idiota e surreal que seja. O correto seria dizer enquanto é tempo. O adeus pode ser tão longo ou tão curto quanto quiser. E, mais importante, é ter um momento com cada um para realmente dizer adeus. Isto não é um catálogo de medos e falhas, esta é uma cerimônia capitulada em forma de texto que o qual achei mais digna para me despedir. E mesmo que eu ou o mundo mude, sempre será amor. Mesmo que tu não passes de uma falsa-paixão-de-dez-segundos. Mesmo que, para isso, eu tenha que esquecer como é que se volta para casa. Mesmo que o mundo me peça para não ficar. Por ora, me despeço desse capítulo da minha vida. E estou receptiva para o que vem a seguir.
Maria Luisa

 

HAVERIA DE EXISTIR.

 

Acho que ninguém vai entender. Ou, se entender, não vai aprovar.
Existe em nossa época um paradigma que diz: enquanto você me der carinho e cuidar de mim, eu vou amar você. Então, eu troco o meu amor por um punhado de carinho e boas ações. Isso a gente aprende desde a infância: se você for uma boa menina, eu vou lhe dar um chocolate. Parece que ninguém é amado simplesmente pelo que é, por existir no mundo do jeito que for, mas pelo que faz em troca desse amor. E quando alguém, por alguma razão muito íntima, pára de dar carinho e corre para bem longe de você? A maioria das pessoas aperta um botão de desliga-amor, acionado pelo medo e sentimentos de abandono, e corre em direção aos braços mais quentinhos. E a história se repete: enquanto você fizer coisas por mim ou for assim eu vou amar você e ficar ao seu lado porque eu tenho de me amar em primeiro lugar. Mas que espécie de amor é esse? Em minha opinião é um amor que não serve nem a si mesmo e nem ao outro. Eu também tenho medo, dragões aterrorizantes que atacam de quando em quando, mas eu não acredito em nada disso. Eu digo a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava haveria de existir em algum lugar do planeta!
Haveria de existir! Nem que este lugar fosse apenas dentro de mim... Mesmo que ele não existisse mais em canto algum, se eu, pelo menos, pudesse construí-lo em mim, como um templo das coisas mais bonitas que eu acredito, o mundo seria sim bonito e doce, o mundo seria cheio de amor. E, nesse mundo, ninguém precisa trocar amor por coisa alguma porque ele brota sozinho entre os dedos da mão e se alimenta do respirar, do contemplar o céu, do fechar os olhos na ventania e abrir os braços antes da chuva. Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. Elas nunca vão embora porque a gente não foi uma boa menina. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto.
Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, um banquinho cheio de almofadas coloridas e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banquinho do nosso amor, o nosso grande amigo... Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a quantos anos, não sei, ele pode simplesmente voltar... Sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas.
Maria Luisa

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Meu Sol!

 

Noite passada eu chorei. De novo. De cansaço dormi entre soluços e levantei-me no outro dia sem lembrar que calei horas antes meu despertador. Atrasada. Tudo começou e acabou da mesma maneira: Eu, minha bolsa jogada na cama e uma tela em branco. Busquei na minha última lembrança e me afoguei em pequenos sentimentos aumentados pelo tempo. Senti o que chamam de saudade e tentei convencer meu coração que ele deveria traduzir tudo aquilo para o meu cérebro em forma de palavras. Dei um lindo fim para esta história e terminei mais um texto, quem sabe, de amor. E então comecei a chorar. De novo. Hoje, por alguns momentos fiquei olhando o céu. Reparei nas nuvens. Na maneira engraçada com que elas se movimentavam lá em cima. Algumas rápidas, como se estivessem muito atrasadas ou apostando corrida entre si, outras lentas, tão lentas que nem pareciam se movimentar. Naquele momento percebi que elas eram como a paixão. Pois como as nuvens, algumas paixões deixam marcas (tempestades, enchentes, chuvas…), mas de alguma maneira, sempre passam e cicatrizam com o tempo. E como existem infinitas nuvens, nós vivemos infinitas paixões. Algum tempo depois, percebi o brilho do sol. Como ele era soberano sobre todas as outras coisas. Seu calor iluminava e ao mesmo tempo, esquentava todos os seres, mantendo assim tudo em perfeita harmonia. Naquele momento percebi que o sol é como o amor. Pois assim como ele, o amor nos aquece e nos auxilia nos dias frios que temos no decorrer de nossas vidas. E assim como o sol, o amor é único. A estrela brilhante que jamais conseguiremos alcançar, mas que se for à hora certa, sempre conseguiremos sentir. Independente da distância. Do tempo. E todas as outras coisas. Antes de escurecer, fechei meus olhos e agradeci a Deus. Eu já não preciso mais entender o formato das nuvens. Meu sol está em algum lugar do universo, só falta amanhecer na minha vida.
Maria Luisa Martins

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Faz parte!!!!!!!!!!!!!!!!

 

Sempre achei e, hoje sublinho a minha certeza que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, estavam juntos há tanto tempo... Cinco anos... Que pena... Acabou... Não deu certo...
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. Não acredito em pessoas que só se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes não consegues nem dar cem por cento de ti para ti própria, como cobrar cem por cento da outra? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama. Às vezes ela é carinhosa, mas não é fiel. Às vezes ela é atenciosa, mas não é trabalhadora. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto não vamos encontrar. É necessário que perceba qual o aspecto mais importante para mim e investir nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando tens pele com alguém é uma delícia. E às vezes temos aquele sexo acrobata, mas que não nos impressiona... Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Jogo-me... Se não bate... Bem aí não vale a pena… E vou dar uma volta. Se ela não me quer mais, não forço a situação. O outro tem o direito de não me querer. Não brigo, não ligo. Se a pessoa está com dúvidas, problema dela, cabe a mim esperar... Ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do meu lado sob pressão? O bom é alguém que está comigo, só por mim. E vice-versa. Não fico com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando acordo, a primeira impressão é sempre minha, meu olhar, meu pensamento. Tem gente que salta de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes nós vamos sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Convivemos com outro ser, outro mundo, outro universo. E nem sempre as coisas são como gostaríamos que fossem... A pior coisa é gente que tem medo de envolver-se. Se não querem envolver-se, namorem uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar... Ou se apaixonar... Ou se culpar... Enfim...quem disse que viver é fácil????
Maria Luisa.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O momento certo!

 

Você acha que está tudo certo com você?! Quando achamos que tudo está indo bem acontece alguma coisa para dar uma balançada ou talvez para testar se realmente estava tudo indo bem mesmo. O conformismo e a rotina nos tranqüilizam e dão uma sensação de que tudo está bem, mas, será? Se coincidências não existem e se o destino está escrito porque fugir dos sinais que aparecem na nossa frente mostrando um novo caminho para a felicidade? Para uma vida nova com milhões de possibilidades, novos conhecimentos, novas tentativas, novos erros e acertos? Por que fugir? Será que talvez seja o medo do desconhecido? De não saber o que vai encontrar do outro lado da porta? Só tem uma maneira de saber, abrindo a porta e para abrir é necessário ter certeza, ter coragem, pois a porta pode estar trancada se a dúvida prevalecer. Abrindo a porta, um mundo novo surge a sua frente, com possibilidades nunca imaginadas. Neste mundo tudo pode acontecer para que a sua vida seja mais feliz, vai depender apenas de VOCÊ, pois, é você que cria e destrói. Um novo capítulo na sua história começa a ser escrito a partir do momento que sua mão toca na maçaneta para abrir a porta. Pode parecer que vários sinais são enviados para nos alertar, mas, na verdade são poucos e às vezes não notamos e não notamos justamente pela comodidade, se está tudo bem pra que vou mexer? Pra que começar um novo capítulo quando já sabemos o final do livro? A resposta é simples, se um sinal te fisgou, se uma das peças da vida te pegou, é por que estava na hora de uma mudança. Pode até ser que você não queira aceitar, mas, a hora chegou e não adianta lutar contra, outras evidencias aparecerão para confirmar os primeiros sinais. Se a porta não for aberta, os pensamentos começam a ficar confusos e o mundo começa a girar mais rápido. Vai ser um eterno conflito interno, aquela voz na cabeça perguntando se você fez a coisa certa, perguntando por que não aproveitou talvez a única chance de alcançar a felicidade total, um estágio emocional nunca antes experimentado? Provavelmente você não terá respostas e o conflito só vai crescer até que você resolva investir na abertura da uma nova porta. Nossa sorte é que nunca é tarde demais e a porta que nós não tínhamos percebido a algum tempo atrás ficou muito clara pra nós agora. Você quer abrir?
Maria Luisa Martins


Sentir Você.

 

Sinto o gosto dos seus beijos delicados, saborear os meus lábios, o calor de sua pele, fazer o meu corpo se curvar ao prazer e a maciez de seu toque, envolver meu espírito, sinto você brincando de amar entortando o meu coração fazendo me perder em seus desejos, sem me deixar raciocinar.
Sinto seus movimentos carinhosos e ligeiros, enlouquecendo minha mente, fazendo-me morrer por alguns segundos, saboreio os delírios de meus pensamentos, mas... Eu quero estar com você, sentir você, sua alma, seu corpo, sua boca.
Quero ouvir suas fantasias sussurradas na noite, acordando meus extintos, arrancando a minha pele, arranhando os meus sentimentos de paixão, quero seu corpo colado ao meu, fundindo-se, amando-se, acabando-se.
Quero modular suas curvas com as minhas próprias mãos, quero sugar todas as suas gotas de suor, com a ponta de minha língua, quero todos os seus gritos de loucura e prazer, quero sentir você, quero amar você, meu amor, minha paixão.

Maria Luisa

sábado, 1 de setembro de 2012

AMIZADE DURA PARA SEMPRE?

 
 
Uma vez alguém me disse que amigos é algo muito difícil! Discordei, mas ela reforçou… Nós temos é companheiros de jornada! Será que é assim? Aí pensei: Que pena! Tenho a certeza que procuro deixar um pouquinho da minha essência e do meu carinho a todos. Quando abraço, faço-o com carinho, quando sorrio, faço-o com sinceridade, quando chamo a atenção, faço-o para buscar o melhor de si. Terei sangue de barata? Serei bobinha? Rs Acredito que o maior tesouro é contar com muitos que querem o meu bem, que torcem mesmo de longe por mim, que fazem uma prece do fundo do coração, ou que dizem: olá, estou aqui, se precisar! Mas... Ás vezes passa pela minha cabeça: Amizade dura para sempre? Eu devo confessar que também já tive algumas decepções com amigas, costumo ser muito leal com as minhas amizades, mas nem sempre a recíproca é verdadeira. São decepções que vamos colhendo ao longo da vida e passamos por vezes a não confiar tanto quanto confiávamos no passado. Uma das piores coisas que pode existir é saber que você foi leal, confiou em uma amiga e esta não correspondeu a altura. Há diversos tipos de traições, não existe somente a traição entre casais, entre namoradas, existe também a traição entre amigas. Traição não relacionada com a nossa amiga e a nossa namorada, mas traição relacionada a confidências trocadas, segredos repartidos, confiança cega. Quantas não foram às vezes em que a ‘suposta’ amiga pôde contar com você em qualquer circunstância, e quando foi você a precisar ficou ‘a ver navios’. Como diriam os antigos ‘Cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém”. Claro há quem tenha a sorte de ter uma amiga fiel escudeira, sempre presente e pronta para tudo, mas certamente são raras. Agora se você tem uma amiga assim, então, parabéns para você! Preserve e cuide para que esta amizade nunca termine… Che l’amicizia é perpetua mentre ultimi!
Maria Luisa Martins
 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Primeiro Amor.

 

Hoje de manhã, estava em caminhada pela rua e deparei-me com a cena de dois jovens a trocar olhares e isto fez com que refletisse e voltasse aos meus 15 anos, iniciando as aventuras da vida em relação ao aprimoramento do amor... Como é lindo observar duas pessoas começarem a viver o amor com a intensidade que já vivenciamos... Isto faz com que possamos viajar e recordar bons momentos, que graças a Deus não somem de nossa memória, somente dão um tempo.
Vê-se cumplicidade nos olhos, não há palavras, somente troca de olhares. O coração se completa, as palavras são silenciosas, mas são verdadeiras, são entendidas e compreendidas na primeira pessoa. Quem já viveu, quem já sentiu esta sensação de tremura, de calor, nunca esquecerá. As primeiras vivências em nossa trajetória ficam inesquecíveis. Neste sentimento o mundo é cor de rosa, tudo parece se tornar muito acessível. Não tem dificuldades, tudo parece ser eterno e um grande sonho, como conto de fadas. Mas a vida vai passando e com ela vamos aprendendo que neste caminho também existe decepções. Faz parte do amadurecimento, do aprendizado. Este fortalece, nos mostra que não morremos com o fim do primeiro amor, com perdas que não admitimos em nossa vida, mas que infelizmente farão parte deste mundo. Acho que o importante é a chance e a oportunidade que tivemos de sermos felizes, de acertarmos, de errarmos, de enfim fortalecermos. Vivemos momentos felizes, demos oportunidade para que a vida oferecesse momentos únicos e cúmplices. Sofrimentos sempre farão parte de nossa trajetória, mas nunca estamos sozinhos, isto é certo... Tenha a certeza que na vida nada acontece por acaso! Após algum tempo você olha e vê que a vida continua e o mundo não acabou, surgiram novos amores, novas decepções, novos caminhos e novas decisões, mas… O importante é em algum momento você ser feliz!

Maria Luisa Martins
 

COISAS DO CORAÇÃO

 

A vida é assim mesmo, não vem com manual. Seria muito mais fácil se viéssemos a este plano integrado com alguma cartilha ou manual de instruções. Os erros e posteriormente acertos seriam previstos de forma a nos contemplar com aquele dom que todo ser humano dotado de ansiedade e ambição costuma querer, o de ter o controle da própria vida. Seria menos ardido dobrar a esquina de casa com a mais absoluta cautela sabendo que na próxima curva eu cairia de peito no asfalto esfolando os joelhos. Seria menos dolorido ouvir um “adeus!” ou sentir saudade de quem já foi embora caso eu soubesse que um dia poderia presenciar tal dramaturgia. Mas a gente não vem pronto, a gente vem incompleto. Nasce incompleto, cresce incompleto e em vezes até morre incompleto. Tem coisas que a gente sente vontade de ter, mas o que realmente a gente quer na verdade não é nada, sequer isso exista, ou seja, matéria. Poder ser humanamente abstrato, aí sim é que vejo beleza nessa incessante vontade de ter. A gente não se dá conta, mas o tempo todo estamos aptos a ter algo, a receber algo. Se tivéssemos nosso manual em mãos à incerteza seria riscada do nosso dicionário, mas, e aquele gostinho da surpresa que muitas vezes nos arranca suspiros e nos tira, por um momento, o ar dos pulmões? Erroneamente muita gente se sentiria contemplada, mas eu não. Que graça teria se eu soubesse que aquela pessoa querida iria me ligar no fim da noite, ou mandar um telegrama, uma carta de amor ou um email mesmo? Pessoa querida é aquela que entra na sua vida sem manual de instrução. É aquela que te abre um sorriso no rosto seguido de um agradecimento toda vez que recebe um elogio teu; é aquela que não te define e classifica pelo seu status, mas sim pelo fato de você ser simples e essencial ao mesmo tempo na vida dessa pessoa. Eu não sabia que esse tipo de pessoa existia e me faria existir também, mesmo não tendo um cronograma indicando que a mesma entraria na minha vida, mas depois a dona metáfora me ensinou que quem abre as portas das palavras pra acolher alguém dentro do coração é digno de consideração, e que muitas vezes o sentido ultrapassa o significado. Eu faço sentido para alguém e alguém faz sentido para mim. E tu, faz? É só isso que eu preciso saber. Na verdade, quem tem que saber é você. Eu já sei.
Maria Luisa Martins

segunda-feira, 23 de julho de 2012

TUA BOCA.




Tua boca tem escoras de mármore talhadas de amor para me acertar o coração,
Tem o néctar de rosas, lírios e orquídeas para me lambuzar
Tem prisões de felicidade para me aprisionar.
Tua boca tem colibris coloridos, tem jardins floridos, tem mar
Para eu em ti sempre mergulhar.
Tua boca tem o pecado segredado em meus olhos,
Tem meu desejo desenhado em seus seios,
Tem valsas minhas que se alongam em seus braços,
Tem rios de sonhos que me sonham.
Tua boca tem palavras de saudade e águas que correm em extensão ao meu corpo para matar a sua sede,
Tua boca tem beijo com lábios de mel e carmim,
Tem a imperceptível luz que reside no silêncio volátil do meu ser...
Beijossssss!
Maria Luisa Martins

Desenho: Maria Luisa

BILHETE!




Meu bem, você sabe que não tenho dias especiais para falar de carinho, falar de amor, não preciso de todos os dias a toda a hora dizer que te adoro, pois você sabe muito bem o quanto te quero o quanto penso em ti. Não penso em ti apenas em momentos, porque você é o meu momento.
Envio este bilhete, como mensageiro de um bem querer sem fim! Para que possa, assim como eu, ter a certeza de que todos os momentos que vivemos são recheados de imenso carinho e respeito. Às vezes estes detalhes passam despercebidos, como anjos que nos rodeiam e não podemos sentir.
O Mundo pode por infindáveis vezes, nos desencorajar a confessar os nossos sentimentos mais profundos. Às vezes discussões sem sentido, não deixam um beijo doce acontecer. Mesmo assim nós decidimos, que apesar do mundo de hoje praticamente não dar espaço ao romantismo, iremos contra todos os obstáculos que a vida moderna nos impõe. Por isto, vou levar-te através desta carta, o meu coração... Ele está contido em cada palavra desta carta, escondido nas entrelinhas.

E meu bem, quando estiver a ler as minhas palavras, feche os seus olhos e deixa o teu pensamento percorrer os nossos instantes. Porque verá que em todos eles, eu disse que te adoro, seja com os lábios, seja com meu sorriso, ou com os olhos?
Maria Luisa Martins


MOMENTOS QUENTES!



Olhos negros, cor da noite, tão ardentes;
Cabelos longos os meus versos afagavam,
Sobre juncos dobrados, mas contentes
Por enlaçarem as bocas que se beijavam.
Minhas mãos, docemente lhe tocavam
Numa alegria vibrante e entontecida,
Seus braços com volúpia me abraçavam,
Deitadas sobre a areia adormecida.
Sob aquele adormecido Sol escaldante,
As ondas espraiavam-se com cadência...
E os beijos sôfregos, nesse instante
Eram segredos na nossa consciência.
Maria Luisa

SORRISO.




Estava aqui pensando! Sim, porque a gente sempre pensa, como fala minha namorada! Quero que fique bem claro que concordo plenamente com ela Rs. Pois então, estava aqui pensando que o sorriso é uma dádiva barata que está em nossas mãos para oferecer a alguém, se podemos fazer o dia de alguém melhor, basta apenas um sorriso. Lembro-me, quando era mais nova, adolescente, que andava na escola com um livrinho atrás para que os nossos amigos e amigas escrevessem qualquer dedicatória… Chamavam-se livros de autógrafos. Na altura não queríamos os autógrafos de pessoas famosas, queríamos apenas os dos amigos, porque eram eles que mais interessavam na nossa curta vida. Nesse livro escrevíamos uma quadra, uma frase... Interessava apenas pôr lá uma coisa qualquer e assinar. O meu livro estava cheio de quadras, frases, e evidentemente muitas assinaturas… Às vezes quando se procura algo, encontram-se dentro de um baú estas preciosidades e ficamos a tentar lembrar quem eram aquelas pessoas. Na verdade umas lembro-me, algumas nem por isso. Lembro duma das frases que me marcou para sempre: “Sorri sempre, ainda que o teu sorriso seja triste. Porque mais triste que o teu sorriso triste é a tristeza por não saber sorrir”. Nunca soube quem a escreveu, a original, mas sentia-a profundamente. Ainda hoje, e na verdade, assim é.
Quando estamos tristes por alguma razão, um sorriso alheio faz-nos sentir o impulso a responder com um sorriso, e, como que por magia, as razões para essa tristeza diminuem. E que dizer quando os filhos sorriem para os pais? São sorrisos que nos fazem sentir nas nuvens, com uma alegria imensa que só os filhos fazem os pais sentir… Receber um sorriso das pessoas de quem gostamos, saber que estão felizes, é do melhor que o mundo tem. Para ver um sorriso no rosto das pessoas de quem gostamos movemos céu e terra. E então, sorrimos também. Porque nos sentimos realizados. Nada… Mas mesmo nada volta a ser igual até que um sorriso, verdadeiro e sentido, regresse e nos contagie.
Aqui vai o meu sorriso para ti, amor.

Maria Luisa Martins

 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

PARADOXO!




Em Portugal, presentemente o assunto mais imediato é a “dita cuja” Crise! Em minha opinião a Crise está para os Portugueses como a virose para os médicos: serve para justificar tudo. Vamos lá ser sinceros, a Crise veio dar um jeito do caramba! O que eu acho é que a nossa vida é de fato um paradoxo do nosso tempo na história. Temos prédios muito mais altos, auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos esta é a grande verdade da vida. Temos casas maiores e famílias menores. Mais medicina, mas menos saúde. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma irresponsável, rimos de menos, conduzimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente pensamos...! Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Amamos raramente e odiamos com muita freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não há vida na extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho e dizer um simples e simpático “Olá! Ou um simples bom dia!”


Estes são tempos em que apelamos à educação, à cordialidade, mas onde se dá espaço à mínima falta de respeito, onde entram na nossa vida com tudo, sem bater na porta, sem ao menos pedir licença! Deixamos de ter tempo para fazer o que mais gostamos, não temos tempo para nada. O tempo passa a correr diariamente. Conquistamos o espaço exterior, mas nosso espaço interior fica muitas vezes vazio. Fazemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma. Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição. São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados.
São dias de viagens rápidas, moralidade descartável, focadas de uma só noite e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar, dormir…
É um tempo em que há muito na vitrina e nada no stock, um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras. Você pode escolher entre fazer alguma diferença e não justificar o injustificável!
Maria Luisa Martins