quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Meu Sol!

 

Noite passada eu chorei. De novo. De cansaço dormi entre soluços e levantei-me no outro dia sem lembrar que calei horas antes meu despertador. Atrasada. Tudo começou e acabou da mesma maneira: Eu, minha bolsa jogada na cama e uma tela em branco. Busquei na minha última lembrança e me afoguei em pequenos sentimentos aumentados pelo tempo. Senti o que chamam de saudade e tentei convencer meu coração que ele deveria traduzir tudo aquilo para o meu cérebro em forma de palavras. Dei um lindo fim para esta história e terminei mais um texto, quem sabe, de amor. E então comecei a chorar. De novo. Hoje, por alguns momentos fiquei olhando o céu. Reparei nas nuvens. Na maneira engraçada com que elas se movimentavam lá em cima. Algumas rápidas, como se estivessem muito atrasadas ou apostando corrida entre si, outras lentas, tão lentas que nem pareciam se movimentar. Naquele momento percebi que elas eram como a paixão. Pois como as nuvens, algumas paixões deixam marcas (tempestades, enchentes, chuvas…), mas de alguma maneira, sempre passam e cicatrizam com o tempo. E como existem infinitas nuvens, nós vivemos infinitas paixões. Algum tempo depois, percebi o brilho do sol. Como ele era soberano sobre todas as outras coisas. Seu calor iluminava e ao mesmo tempo, esquentava todos os seres, mantendo assim tudo em perfeita harmonia. Naquele momento percebi que o sol é como o amor. Pois assim como ele, o amor nos aquece e nos auxilia nos dias frios que temos no decorrer de nossas vidas. E assim como o sol, o amor é único. A estrela brilhante que jamais conseguiremos alcançar, mas que se for à hora certa, sempre conseguiremos sentir. Independente da distância. Do tempo. E todas as outras coisas. Antes de escurecer, fechei meus olhos e agradeci a Deus. Eu já não preciso mais entender o formato das nuvens. Meu sol está em algum lugar do universo, só falta amanhecer na minha vida.
Maria Luisa Martins

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