sábado, 31 de março de 2012

Minha Marca!





Derrame seu desejo em mim, venha aqui.
Lembra o quanto é bom quando nos amarmos?
O que é delícia para você agora?
Essas perguntas são firulas, você já sabe!
Só venha e me dê sua boca.
Quero beijá-la profundamente até perder-me em você.
Quero te alucinar, te deixar de quatro, de lado, do avesso até você me pedir para parar.
A noite está linda e o céu cheio de estrelas...
Você consegue ver?
Deite aqui em minhas pernas e olhe para o céu.
Olhe enquanto beijo suas costas e te faço ver estrelas.
Mulher!
Gostosa!
Safada!
Assanhada!
Sem vergonha, querida, deliciosa, lésbica selvagem, vem cá...
Dá para mim antes que eu enlouqueça.
Depois você pode gozar onde quiser, mas antes, só dê para mim.
Para você... Eu de novo!
Como sempre...
Sua!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Como?






Fiquei pensando...
Como é que se escreve a felicidade? Como é que digo sobre as minhas pernas enrodilhadas nas tuas, os meus dedos agentes infiltrados nos teus cabelos, a tua língua a pintar-me a boca a traços grossos?
Como partilhar aqui que a minha pele se ri ao teu toque quente, como se estivesse sempre com febre! Quem quer saber? Do meu corpo armadilhado nos teus braços e dos meus olhos, que rebolam pelo quarto sem saberem para que parede deva atirar e deixar explodir o gozo, que não me cabe mais cá dentro.
Como é que transmito? Que me apetece resguardo e cama, mãos agarradas e vozes baixas,
- Por favor, me aperta, mais!
Sim, como explicar? Que foste sorte, acaso, tiro às cegas, pim pam pum, a álea da vida em todo o seu esplendor.
Como explicar? Que as coisas são simples, afinal, e que a dor não passa de um caminho de sentido obrigatório que não dá para atalhar, até um dia chegarmos a quem nos espera desde sempre?
Maria Luisa


quinta-feira, 29 de março de 2012

Não Pare...





– Não pare, não pare… disse ela tremendo, afundando em meu corpo suas unhas afiadas. Seus lábios mordidos gemiam… Seu corpo começou involuntariamente a tremer.
Eu não parei, e forcei mais. E cada vez mais forte. Meu corpo ia e vinha sem compasso certo, ora mais forte, ora mais fraco. Por vezes me deixei ficar, pulsando. Seu corpo então se mexia.
Eu ajudava ao não largar meu peso, deixava seu quadril solto. Que se roçava acintosamente em mim. Sua língua lambia meu peito e nossos corpos um roçar absoluto de pele. Ela gemia, sorria, chorava. E tremia cada vez mais, não existiam mais espaços entre nossos corpos, apenas grunhidos, gemidos, cheiros, impulsos… parecia em transe, berrava, se contorcia mais, gemia
– Não pare agora - Continuou dizendo, em sussurros – Não pare agora, não pare, não pare, não pare mais. Assim, assim…
A voz cada vez mais fraca… Repetia. Os olhos fechados, ofegante. Seu corpo encharcado em espasmos, se retesava, escorriam suores…
Eu continuei, te provocando mais prazeres, te continuando mais desejos e sensações.
E eu ia, cada vez mais forte, cada vez mais fundo, cada vez mais dentro, cada vez mais...
Cada vez mais e maissss...
Maria Luisa Martins

quarta-feira, 28 de março de 2012

Pelos Vales Do Teu Corpo!






Encontro-me envolvida em pensamentos… E pouco tenho para imaginar. A nossa ligação forte faz-me chegar até ti e sentir-te. Olhando o sol que se despede de mim e o céu a decompor-se em tons laranja avermelhados, brotam-me as saudades pelos vales do meu corpo, pelas fossas das minhas experiências, pela minha pele que se arrepia por vasculhar sozinha, este manto extenso, diante os meus olhos. Fecho os olhos, num respirar profundo, abraço-me fazendo do meu braço esquerdo, o meu cachecol. Aquele teu mimo… O afago que de longe me mandaste ao vento, quando a palavra ‘distancia’ ainda tinha uns quilômetros acrescidos pelo nosso querer faminto. Deixando-me levitar pelos momentos que visiono sem ver, pelos sentires que sinto intensamente, sem sentir, recordando-me e alegrando-me por ser eu, uma das tuas viagens favoritas e habituais vejo-te, sem que nunca cesses, num dedilhar delicado, tocando as minhas veias de aprendiza, como se de uma linda e melodiosa harpa se tratassem. Sinto-te soprar o meu coração, enchendo-o do teu ar puro, fá-lo bombardear, fá-lo executar a sua função, mas mais que toda a complexidade do meu ser (humano), fazes-me viver assim, desta forma tão viva, tão humana. Fazendo de mim deusa, sereia ou qualquer outra figura mitológica. Lanças-me a este mar imenso de sonhos.
Hoje, na tua ausência, adormeço assim que a lua me inunde com a sua luz de neve, numa brisa suave que me fará encolher e dormitar aconchegada. Adormeço sem pressas de acordar… dormirei sem que o tempo me seja uma preocupação tentadora e para esta viagem paralela à tua, trago todos os meus projetos de vida ao teu lado para a nossa realidade e vivo-os por intensos momentos, quando sem dar por isso, regressas, para me acordar com beijos suaves e sussurrares angelicais.
Maria Luisa Martins

terça-feira, 27 de março de 2012

Quero te possuir!




Quero ter-te esta noite inteira, quero que teu corpo seja o meu porto de abrigo deste meu desejo ardente.
Quero-te esta noite, esse teu corpo alvo exibido à minha gula entre lençóis rubros de um delicado cetim.
Quero sentir-te minha e gritar sobre ti no momento em que te possuo, declarações murmuradas por entre os gemidos que a minha boca cerrada deixa escapar.
Quero possuir-te com o desejo sentido, sofrido em noite de insana loucura em que já não é desejo é tortura todo este querer.
Quero possuir-te esta noite arrancar com fúria essas roupas com que escondes encantos que eu preciso ter e arrancar com os dentes as rendas com que cobres esses recantos de prazer do teu corpo de mulher.
Quero ter-te esta noite deixar no teu corpo a marca de um território só meu conquistado numa luta de gemidos e suor e deixar nele como troféu a bandeira desta vontade.
Quero desfolhar teu corpo como milho-rei numa noite de Agosto e ter na minha mão teu corpo frágil, dócil e exposto.
Quero ter-te nua sobre a minha cama como presa domada e jogar em teus seios como oferenda as pétalas macias de uma rosa vermelha e perfumada.
Quero ter-te com fúria, que o meu corpo te domine e te conceda um prazer não isento de dor e que cada gemido nosso, seja mais uma nota na música do prazer.
Quero possuir-te com a intensidade de uma primeira vez, corpos frementes num desejo atroz.
Quero entrar em teu corpo como dona, fazer-te minha, fazer-te minha escrava e minha rainha.
Luisa M Barros

segunda-feira, 26 de março de 2012

Paz.





Uma das grandes sensações que alguém pode experimentar nesta vida é a de paz, vocês não concordam? Paz consigo mesmo, com o mundo e com as pessoas que fazem parte da sua vida. A sensação de paz, ao contrário do que muita gente imagina, não é uma sensação morna, neutra ou de que nada acontece. Ao contrário. As coisas acontecem, mas elas andam no ritmo certo. Não tem nenhum Deus-nos-acuda, o mundo não vai acabar amanhã e, se for, não há nada que alguém possa fazer. Paz é uma sensação de que (como alguém já disse antes) a direção é mais importante que a velocidade – e uma ligeira desconfiança de que a direção está certa. Paz é quando o mundo não precisa parar para você descer, pois você pode descer a qualquer momento e tem total controle da situação. Paz é ter a cabeça vazia diante de uma estrada que não tem fim. Paz é colocar sua cabeça no travesseiro à noite e dormir com a certeza de que você não enganou ninguém, não mentiu para conseguir nenhuma vantagem ou usou de alguma forma ilícita para conquistar alguma coisa ou alguém. Você tem a nítida sensação do que é paz quando você não busca a felicidade em cada coisa que faz ou em cada lugar que vai. Paz é quando você está na hora certa e no lugar certo simplesmente porque você acha que àquela hora e aquele lugar são certos para você estar. Paz é querer aquela pessoa que também te quer e, se um dia uma das partes não quiser mais, tudo bem. Você também vai estar em paz, pois não precisa de outra pessoa para viver. Paz é estar feliz com sua própria companhia. Paz é uma sensação interna de que sua busca não acabou, mas que ela não acaba quando você encontra. Paz é não ter saudade do passado. Ou ter, mas viver em harmonia com ele. É não esperar pelo futuro como se ele existisse porque, na verdade, o futuro acaba no exato momento que começa. Paz é a sensação de que tudo vai dar certo e, se não der, você terá outra chance. Paz é acordar na beira do mar e não ter nada para fazer. Ou ter. Paz é uma ave livre abrindo as asas no seu ombro. Paz é uma sensação de dever cumprido. De uma obra entregue no prazo. De fiz meu melhor. Paz é o final de um espetáculo de teatro depois que as cortinas se fecham. Paz é uma sensação para poucos, mas aqueles que a experimentam não trocam por nenhuma outra sensação do mundo que possa se acabar num piscar de olhos. Se eu pudesse dar uma fórmula mágica da paz em um texto, eu daria. Mas, por enquanto só posso descrever um pouco do que estou conhecendo. Que não é quente, não é frio e muito menos morno. É leve, é novo, é seguro. A sensação de paz é um sentimento tão nobre quanto o amor, só que mais apurado. A paz é sublime.
Maria Luisa Martins

domingo, 25 de março de 2012

Te amando...




Afundo-me em teus olhos, profundos e suspeitos. Produzidos com afinco, sem defeitos, são perfeitos. Estes escondem a magia, as palavras mais bonitas. Pois, as verdadeiras e sentidas, são as que não são ditas. Encantados com brilho, de palavras de amor. Composição perfeita, num jardim de dupla flor. Desço a teus lábios, apetitosos e sufocantes. Banais, mas perfeitos, com mais valor que diamantes. Sufoco com teu beijar, sucessivo e insaciável. Amável, tua saliva em minha é comunicável. Adaptável, agradável, confortável, imensurável. Formidável, inigualável, e no fundo tão desejável. Presa em teu beijar, sinto o sabor, o arder do teu calor. Desço a teu pescoço, cobrindo-o de carícias. Os teus beijos, os teus gemidos, oh, pequenas delícias. Navego a teus seios, sedutores e provocadores. Bonitos como flores... Tocados com amores. Saboreados, com minha língua, tocados com minha mão. Arrepios sucessivos, bem direitos ao coração. Hum, como são doces, como é bom aqui navegar. Mas, o mar é extenso, e então tenho de continuar. Minha mão, desliza e alisa, tua barriga. Minha boca, solta palavras de amor, por ti rapariga. Paro eu teu umbigo, faço dele uma brincadeira. Tenho-te em pedaços, dando-te prazer por inteira. Exploro tua vagina, de todas as formas de amar. Sinto em teu clitóris, o calor, o seu molhar. Como te deixa confortável, o meu tocar. Teu corpo no meu, fundidos nesse momento. O gemido, o prazer, no fundo todo o sentimento. A intensidade aumenta, assim como o entusiasmo. Teu corpo arqueia, enquanto atinges o orgasmo. O meu estremece, com um prazer imenso. Durante longos segundos, o prazer é intenso. Eu penso, se me encontro no chão, ou estarei suspensa. Porque eu levito, no céu denso e extenso. Acabado, o prazer não acaba o sabor. Abraçada ao teu lado, jorrando palavras de carinho. Tu adormeces, agarrada a mim a sorrir. E eu em vez de te acompanhar, fico a pé, para te ver dormir.
Maria Luisa Martins

Murmúrios.




Danço em pele, o som do teu gemido Murmúrios de música sussurrada, gemida, onde és vocal, eu orquestra. O meu corpo suado, ao ritmo em despudor do teu compasso. Roça em teus sentidos delírio em contínuo movimento do meu corpo nu, que se faz teu. Deslizo nas gotas, que chovem do teu desejo, e me entranho no teu prazer. Um ir e vir constante, forte, selvagem e louco. Tremo no teu tremor que se contorce como em transe e me aperta, se encharca e me arranha. Se mistura e se faz gozo, como se querendo infindo. Se mistura e se faz nosso, como se implorando eterno…
Maria Luisa Martins