quinta-feira, 29 de março de 2012

Não Pare...





– Não pare, não pare… disse ela tremendo, afundando em meu corpo suas unhas afiadas. Seus lábios mordidos gemiam… Seu corpo começou involuntariamente a tremer.
Eu não parei, e forcei mais. E cada vez mais forte. Meu corpo ia e vinha sem compasso certo, ora mais forte, ora mais fraco. Por vezes me deixei ficar, pulsando. Seu corpo então se mexia.
Eu ajudava ao não largar meu peso, deixava seu quadril solto. Que se roçava acintosamente em mim. Sua língua lambia meu peito e nossos corpos um roçar absoluto de pele. Ela gemia, sorria, chorava. E tremia cada vez mais, não existiam mais espaços entre nossos corpos, apenas grunhidos, gemidos, cheiros, impulsos… parecia em transe, berrava, se contorcia mais, gemia
– Não pare agora - Continuou dizendo, em sussurros – Não pare agora, não pare, não pare, não pare mais. Assim, assim…
A voz cada vez mais fraca… Repetia. Os olhos fechados, ofegante. Seu corpo encharcado em espasmos, se retesava, escorriam suores…
Eu continuei, te provocando mais prazeres, te continuando mais desejos e sensações.
E eu ia, cada vez mais forte, cada vez mais fundo, cada vez mais dentro, cada vez mais...
Cada vez mais e maissss...
Maria Luisa Martins

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