quinta-feira, 12 de abril de 2012

Assim Se Constrói Um Relacionamento Maduro!






Assim se constrói um relacionamento maduro... Viver a dois é uma arte! Conviver em grupo mais ainda! Quando conhecemos uma pessoa, ainda no estágio do namoro, enxergamos apenas a produção dos encontros, a roupa bonita, cuidadosamente escolhida para impressionar, o cabelo arrumado, as unhas feitas... Falamos os versos de efeito, recitamos poemas impactantes e dedicamos atenção especial (mesmo quando o assunto não seja interessante) para agradar esse novo alguém! Relação em evolução e as diferenças começam a aparecer. Inevitável! Não se consegue esconder, omitir ou disfarçar o nosso verdadeiro “eu”. Alguns acham que isso é um problema, mas vejo que é saudável e essencial para o princípio de um relacionamento transparente, verdadeiro e maduro. São as diferenças que fazem a diferença! São elas que moldam o rosto e o corpo da relação. Sempre ouço as pessoas dizerem que os opostos se atraem. Talvez por representarem um desafio, uma busca de equilibrar o que temos de mais ou de menos, melhor ou pior. Porém, para o convívio, essas “oposições” acabam pesando e quase sempre rendem boas discussões. A questão acaba sendo individual e não consensual. Poucas pessoas, principalmente quando jovens, aceitam abrir mão de suas “verdades” (mesmo sabendo que não existe verdade absoluta) para ceder ao outro o privilégio da razão. Compartilhar gostos opostos só passa a ser possível quando há a compreensão do chamado equilíbrio. Equilibrar diferenças é dosar um pouco de si e do outro, é saber ceder e respeitar as divergências. Aliás, as divergências são excelentes oportunidades para exercitar ponderações e o respeito à opinião do outro! Há quem diga que não escolhemos o amor. Eu discordo! Sim, somos nós quem o escolhemos. As relações que vivemos ao longo da vida são escolhas nossas. Podem não se tornar o amor verdadeiro, mas são opções ou tentativas de se buscar algum tipo de preenchimento. Afinal, sempre dizem que estamos em busca da nossa metade, o que também questiono, pois uma relação madura não é feita de metades e sim de pessoas inteiras que se doam (por inteiro) para se conseguir atingir um todo. No casamento o convívio passa a ser um grande desafio, que coloca em prova o amor e nos testa a maior parte do tempo! Os defeitos ficam mais visíveis, as produções diminuem e as palavras antes poéticas, obrigam o surgimento dos diálogos. E é aí que encontro o grande segredo para o relacionamento maduro! Dialogar com o companheiro é um modo de conhecê-lo cada vez melhor, saber de suas preferências e gostos verdadeiros (e não aquele que apenas te agrada ou não contraria). Do mesmo modo, é uma grande oportunidade de se mostrar! As diferenças ganham mais equilíbrio quando há muito diálogo entre o casal. Mas precisa ser sincero, sempre! Por pior que seja, aprenda a expor sempre a verdade! A mentira pode durar mais tempo, mas quando descoberta tem o poder de destruir o que o casal levou tempo (às vezes anos) para construir: confiança mútua! E não há nada pior do que um casal conviver como estranhos e inimigos desconfiados. Permita crescer ao lado de quem ama! A vida e as pessoas sempre nos ensinam, mesmo quando achamos que já sabemos tudo sobre o outro, acredite, sempre há novidades e surpresas!Por fim, a melhor maneira de fazer um relacionamento ser maduro é despir-se de preconceitos, falsos moralismos e hipocrisias. É ser verdadeiro e coerente, é respeitar sempre (principalmente nas divergências), manter-se fiel não apenas ao relacionamento, mas consigo. Manter a própria personalidade faz com que o relacionamento tenha vida e dinamismo. Mas lembre-se, são duas pessoas inteiras que não se dividem, apenas moldam e se encaixam.
Ainda em tempo:
Sendo a tolerância uma condição para o progresso moral da humanidade, ela solicita, de fato, a disposição para reconhecer a diferença protagonizada pelo outro. Mas isto sem nunca abdicar dos nossos valores nem impedir, com a atitude passiva da indiferença, uma tomada de decisões firmes e convictas. Por tudo isto, também neste assunto, como em todas as áreas do conhecimento, devemos usar uma linguagem clara e concisa, sem deixar que a exuberância linguageira venha a ocupar o lugar devido à realidade. Tolerância também tem limite!
Maria Luisa

Sem comentários:

Enviar um comentário