Gosto de ti desesperadamente: Dos teus cabelos de tarde onde mergulho o rosto, dos teus olhos de remanso onde me morro e descanso; Dos teus seios de ambrósias, morenos manjares trementes com dois vermelhos morangos para as minhas alegrias; De teu ventre, uma enseada porto sem cais e sem mar dourada areia à espera da onda que em vaivém vai se espraiar; de teu quadris, instrumento de tantas curvas, convexo, de tuas coxas que lembram a leve suavidade do sexo; Do teu corpo só de alvuras das infinitas ternuras de tuas mãos, que são ninhos de aconchegos e carinhos, mãos angorás, que parecem que só de carícias tecem esses desejos da gente...
Gosto de ti desesperadamente; Gosto de ti, toda, inteira nua, nua, bela, bela, dos teus cabelos de tarde aos teus pés de Cinderela, gosto de ti, feiticeira, assim tal qual tu és...
Maria Luisa
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