“Psiuuuuu… Dá-me um beijo! Dá-me um beijo… Igual àquele primeiro que se fez tão desejado, inseguro, doce. Dois seres que se uniam e comungavam as suas almas através do toque das suas bocas.
Dá-me um beijo… De destemida exploradora, como aqueles, que você me dava quando descobria os meus sentidos. Ou pode dar-me um beijo, cinematográfico, decidido de:
“Você é minha!”
Dá-me um beijo… Daqueles, a saber, a café, daqueles lambuzados de Mon Cherry, daqueles de chá de menta, bolo de chocolate e ovos mexidos no inicio da manhã.
Dá-me um beijo… Lento como os que te dou ao acordar, quando a madrugada entra pela janela e nos vem beijar suavemente.
Dá-me um beijo voraz, com pressa de me amar, daqueles que deixam a roupa pelo chão até chegarmos ao nosso destino.
Dá-me um beijo, cansada depois, de fim de noite extasiada de me possuir.
Dá-me um beijo escondido, como aqueles que surripiávamos uma à outra como duas criminosas foragidas.
Dá-me um beijo salgado pela água do mar, pelo sal que transpira no seu corpo.
Dá-me um beijo… Daqueles… A saber, a ti. Dá-me um beijo… Cheia de você!
Maria Luisa Martins
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