terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Noite Quente...




A noite passava e cada minuto representava muito mais que amor,
Representava corpos, coração.
Busquei então seu leito e dele fiz meu porto seguro para te amar.
Dele fizemos morada.
Te coloquei em meus braços, te dei morada...
Beijei seus lábios e dos seus beijos fiz meu alimento.
Do seu corpo fiz meu mundo, meu oceano,
Nele naveguei loucamente...
Cada curva representou um toque, um gemido seu.
Ouvi seus gritos, abafei sua voz com meus beijos.
Pedindo... Implorando...
Senti-te e a mim a noite inteira
Senti-te ao sol de inverno uma miragem
Senti-te no manto de plumas que me destapa
Senti-te maravilhosa, rosa lisa
Senti-te dentro do sonho quando me acordas.
Viajei a noite toda olhos febris em você
Havia Lua inteira esplendorosa
Por sobre o sonho do poema braços de mar
Em ânsias andava pelo cheiro da libido enlouquecida
E ao ver-te assim despida como eu
Cobri-te com meu manto de pele aveludada
Onde o sonho era o todo que unia.
Sentir, sentia como água fervente a fervilhar o fogo seu
Os poros a língua as contrações dentro do corpo
Dum corpo de mulher o seu entrada em mim
Colada em mim adejantes nós a navegar há quanto tempo
No rumo dos seus olhos entre beijos
O mar bravio onde pousar… A cama a poesia.
Levo-a colada em mim de forma rara
Como os símios transportam suas crias
Às pernas suas enlaçadas no meu corpo
Como se copulássemos em doce movimento
Nos silêncios da noite nós o ruído
No palpitar dos peitos por todos os desejos
Que viajam nos sonhos alta madrugada.
Finalmente entre lençóis brancos
Adormecemos!
Beijos!
Maria Luisa

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