BEIJO BOM

Beijar bem, é questionável? É com certeza. Nós sempre queremos encontrar alguém bonito, inteligente e espirituoso, alguém que não seja muito exibido nem vaidoso demais e que tenha uma conversa cativante. Mas, e se beijar mal? Não tem chance. Tem que beijar bem. É comum, em alguma ocasião escutarmos que Fulana beija bem e Sicrana beija mal, pois eu sempre senti que beijo é a sorte de duas bocas entrarem em comunhão. Pode uma “Raquel” beijar uma “Paula” e ser uma explosão vulcânica, e a mesma “Raquel” beijar uma “Cristina” e ser um encontro labial de dar sono (risos). Sou de opinião que pessoas não beijam bem ou mal, mas sim, casais se beijam bem ou mal, porque há sempre duas envolvidas e a definição de um beijo bom é que pode ser questionável, mas quem é interveniente quase sempre reconhece o beijo sublime. Beijo bom é beijo decidido, mesmo que a decisão seja levar-te devagar ao longe, amor (risos). Beijo bom é beijo molhado, em que as beijadoras doam tudo o que há para doar na cavidade bucal, sem restrições numa entrega absoluta, o nosso. Beijo bom é aquele beijo sem pressa, que não foi condenado pelos ponteiros do relógio, que se perde em labirintos escuros já que, é bom lembrar, estamos de olhos fechados. Beijo bom é aquele beijo que nós não conseguimos interromper nem que quiséssemos, não é amor?  Beijo bom é beijo que não permite que o nosso pensamento tome forma e voe para outro lugar. E, por fim, beijo bom é o beijo que está sendo dado na pessoa por quem estou completamente apaixonada. Por ti, Meu Amor. Existe beijo ruim? Existe. Beijo sem alma, beijo educado demais, beijo cheio de cuidados, beijo curto, beijo seco. Mas uma coisa é certa: é preciso duas para torná-lo frio ou torná-lo quente. Todo o mundo pode beijar bem, ora basta nossa boca encontrar com quem.

Maria Luisa