terça-feira, 5 de março de 2013

LINGUAGEM CORPORAL



Estou com tanta saudade!   Ainda sinto o teu cheiro, o calor da tua boca na minha e a maciez do teu corpo no meu abraço.  Quero abraçar-te de novo, beijar-te e possuir-te, sempre como se fosse a primeira vez, com o mesmo encantamento. Senti no nosso primeiro beijo de amor, uma intensidade tamanha que pude sentir a tua alma em contato com a minha e ao unir nossos corpos fizemos do prazer um instante eterno, infinito e tão desejado que não consigo pensar em mais nada, senão na alegria suprema de nos pertencermos. Na linguagem dos nossos corpos, da química, da loucura que habita em nós... E que linguagem perfeita! 

Corpos que pedem... abraça-me! Bocas ávidas que dizem... vem! Beija-me, sente o meu gosto! 
Mãos que tateiam, exploram e perguntam, onde encontro o teu prazer? Línguas que percorrem e clamam, dá-me o teu melhor sabor!
Esse é o momento que palavras são somente complemento, momento em que a pele arrepia e sussurra, toca-me, acaricia-me. Seios que dizem beija-me,  rodeia-me com a tua língua, morde-me leve.

Fendas humedecem e pedem… entra, descobre-me, explora-me, conhece-me,  incendeia-me com a tua boca, saboreia-me com a tua língua!
Nesse instante perdemos o domínio da razão e somos corpos bailando.  Pernas abrem-se trémulas convidando a outra para dançarem juntas e elas se encaixam aceitando o convite. E começa uma dança lenta, de ritmo perfeito, que não precisa ser aprendida... 
É puro instinto... O ritmo da música aumenta pois os corpos precisam desesperadamente saciar-se... 
a dança torna-se frenética, a respiração entrecortada 
e, das entranhas dos corpos saem gemidos, gritos, sons próprios de cada uma... E, enfim, a explosão, os espasmos, os corpos latejando, arfando... 
e depois a súplica.... Vem, faz tudo de novo.
Maria Luisa

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