sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

EVIDENCIAS






Do teu cheiro, da tua voz
Do teu jeito e meu de ser
De sentir os teus beijos, teus carinhos
E depois enlouquecer
Nessa paz que fica
De não ter tempo nem momento
De ser simplesmente
E fazer acontecer
De quase morrer
Num minuto de incerteza
Por quer mais que queria
Mas como controlar o que não sacia?
E para que calar o que já evidencia?
Aparências? Que sentidos elas tem
Ah! Que saudade de matar
Esse explosivo desejo
De querer até quase enlouquecer
E então sossegar num abraço
Infinitos segundos de reencontro
Para acalmar toda ânsia
E o desespero de não ter
Sugar cada gota desse momento
Para depois novamente
Querer e não poder...
Maria Luisa Martins

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