terça-feira, 8 de novembro de 2011

Devaneio.





Ela me pegou pela mão, devaneio, loucura ou aquilo foi só um sonho? Ao sentir nossas mãos unidas um tremor trespassou o meu corpo todo, como se uma lança fria e pontiaguda tivesse me atravessado, sendo que em sua ponta esta não trazia o sentimento da dor, mas de um desejo incomensurável.

Fomos subindo juntas degrau a degrau da escada em espiral que nos levava ao seu quarto. Eu podia sentir o cheiro que do seu corpo de mulher se desprendia, ele era de um perfume dulcíssimo e delicioso, ao tocar-me a alma com seu odor maravilhoso, meus pelinhos se eriçaram sobre minha pele macia, despertando aos poucos a fêmea insaciável que estava adormecida em mim.

Ela abriu a porta do seu quarto lentamente e deixou-me passar por ela primeiro, depois que também entrou no recinto a fechou atrás de si, senti-me tomada por uma emoção inédita, uma que nunca havia experimentado antes, era como se eu estivesse ficado sozinha com a fada rainha do amor, e que ser tocada pelo condão mágico de sua sexualidade fosse apenas questão de tempo. Com suas hábeis mãos me despiu toda, e quando também retirou peça por peça de suas vestes, levou-me logo depois com ela para os doces e perfumados lençóis de sua cama, e lá fui tomada por seus braços dominadores e ao mesmo tempo carinhosos. Beijou-me o corpo suplicante pelo toque abrasante de seus lábios em fogo voluptuoso, colocou-me deitada de barriga para cima, ficando com seu corpo desnudo sobre o meu, deixou-me com a alma arrepiada arrepiando primeiro os meus poros que abertos, gritavam uma só frase:
- Eu te quero muitíssimo.Levou sua língua molhada a minha pirâmide rosada, e com ela penetrou-a pela fenda aberta que lhe se expunha toda encharcada pela dulcíssima violência de sua ousada invasão. Com essa sua mesma língua deixou um rastro de delicia inigualável nesta minha gruta feita de carne e luxuria, e com ela também visitou seu pequene e sagrado guardião, beijando-o com ardência, deixando-o ereto, teso de imenso prazer. Sim, ela tomou-me pelas minhas mãos e conduziu-me aos átrios de seus atos libidinosos mais provocantes e adoráveis. Fez-me experimentar do seu sumo de gosto sublime, fazendo-o escorrer em minha boca, vindo direto da fonte de delicias orgástica.
Luisa Barros

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