quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Te adoro.



Queria escrever qualquer coisa, mas só me sai que te adoro.
Queria opinar sobre a economia e os sintomas de retoma, o perfil dos novos ministros e a impunidade judicial, mas só me sai que te adoro. Discorrer sobre a inconstância do tempo, sobre o estio que rasgou o Outono, as últimas alterações à lei, o banqueiro constituído arguido, a mediocridade nacional, a decadência do ensino, a propagação da Gripe A, mas só me sai que te adoro.
Queria à falta de melhor falar sobre as últimas do desporto, das hipóteses rasas da selecção, da nova série da fox e da pinderiquice dos ídolos; e alertar os incautos para os desencontros que desaguam em silêncios e que cortam vidas ao meio, mas só me sai que te adoro.
Queria fazer piadas, armar-me em esperta, soltar citações a propósito e observações espirituosas, suscitar sorrisos cúmplices e respostas aduladoras; e dizer-te que afinal tem coisas que detesto, que pensando bem não são muitas!
Concluir, enfim, sobre a impossibilidade de não me sair outra coisa!
Só me sai que te adoro.
Maria Luisa

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